domingo, 19 de abril de 2020

Pelo Cosmos

Teu sorriso,
Órbita minha via láctea,
Estrelas de uma face.

Teu cheiro,
Invade minha galáxia,
Espalha-se no silêncio.

Teu toque,
Meu universo,
Infinitos desejos.

Você,
Meu mundo, 
Amor por inteiro.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Geração Instagram

 Quando mais jovem e admirador da mitologia grega, ouvi a história de um herói vítima de si, mas de vítimas como essa a história está cheia. Não é verdade? Pois bem, esse de quem falo se chamava Narcísio que em sua tradução quer dizer: auto-retrato. Não é de se espantar que o motivo de sua trágica morte, foi a admiração de sua beleza à beira de um rio. E quem sabe se na voz de Caetano Veloso não teve um de seus retratos mais fiéis, quando Caetano diz " É que Narcísio acha feio o que não é espelho". Profundo e atual! Eis aqui a Geração Instagram! Caro leitor, diferente da geração de seus avós e de seus pais que lutaram pelas Diretas Já ou até mesmo por poder usar um biquíni na praia em pleno verão, a Geração Instagram luta pra reforçar seu espírito narcisista, com uma necessidade quase gritante de demonstrar seu amor próprio. Esse seria mais falado ou realmente sentido? Fica a reflexão! Continuando minha análise, consigo enxergar  cada vez mais a modernidade que Bauman tanto dizia " Relações líquidas, relações voláteis". A geração do "aparecer"  acelerou esse processo e buscou alimentar seu ego contando likes e seguidores, compartilhando aquilo que já não se distingue entre o público e o privado. Essa geração faz das redes sociais sua utopia, maquilando a realidade de uma sociedade doentia.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

   Um novo dia vai nascer,
   Acorde! seja mais de você,
   Tente entender,
   Que alegria é questão de estadia,
   Sorria!
   Felicidade contagia.

   Descubra essa linda mulher,
   Que carrega ai dentro,
   Não precisa se sentir forte a todo momento.
  Compartilhe o sentimento.

  A vida é uma caixa de surpresas,
  Aposte alto!
  Tire as cartas debaixo da mesa.

  Seja mais atencioso,
  O ego é bom, mas, com moderação.

  As vezes nos encontramos perdidos,
  Razão e emoção
  Necessidade de equilíbrio,
  Olhe pro seu "EU" e seja mais seu amigo.

  Permite-se sentir,
  Que ainda há tempo de ir,
  Ir aonde não se foi,
  Ir ao olhar que te cuidou,
  Ir aonde se sinta em casa.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Hoje eu to feliz...

Em sua última música lançada, Gabriel o pensador retrata toda sua insatisfação novamente contra o governo brasileiro, revoltado com o atual cenário político do Brasil, o pensador diz em sua música que ele matou o presidente novamente, sendo assim uma releitura de "matei o presidente 1" lançada em 1993, onde ele revoltado também com o cenário político da época que ocorreu o impeachment de Collor e o seu vice Itamar Franco assumindo a república,  diz que matou o presidente, porque esse seria a única esperança para o Brasil. E, novamente vivendo a mesma situação, acabando de sair de golpe, com reformas que afetam o trabalhador, o estudante, que ajuda aos grandes empresários, vivemos um retrocesso, agora trabalho escravo não é mais trabalho escravo se a situação em que o indivíduo se encontrar não for extrema. É tanta insatisfação que chega ser difícil sentir esperança na política brasileira, " O castigo dos bons que não fazem política é serem governados pelos maus." essa frase dita por Platão se encaixa bem no tema, estamos sendo governados pelos maus e muitas vezes os bons desacreditados no Brasil saem para outros países e ajudam a construir por lá um bom lugar, isso nos deixa a merce dos que por aqui ficam. 
Na primeira frase da música Gabriel o pensador diz, " Todo mundo bateu palma quando o corpo caiu.
Eu acabava de matar o presidente do Brasil", a revolta é tão grande que muitas pessoas compartilham do sentimento.

Fiquem com a música 

domingo, 26 de novembro de 2017

O sufrágio feminino

2017 foi para mim um ano bem importante, um ano em que aprendi diversas coisas e uma das que mais me marcou foi a minha participação no 18º mini onu aonde participei de um comitê histórico e com um tema tão atual, que foi o CSW 7 1953 que trouxe como tema o direito ao voto feminino, o sufrágio universal, o direito da mulher ser mais participativa na esfera pública social e assim lutar por seus direitos.
As sufragistas, além de lutarem pelo direito ao voto, também tinham em sua luta o direito das mulheres a se candidatarem às eleições. Muitos países reconhecerem o direito ao voto feminino, primeiro e só posteriormente o direito à candidatura. O voto é um importante meio de influenciar na política, na medida que o cidadão escolhe o candidato de sua preferência para governar. Contudo, a melhor forma das mulheres de se sentirem representadas por algum político que pudesse fazer políticas públicas para elas são as próprias mulheres, por isso a importância deste direito, o qual garante maior equidade política. 
O primeiro país a reconhecer o direito ao voto a todas as mulheres foi a Nova Zelândia em 1893, porém o direito à candidatura feminina só foi permitido em 1919. Isso levou as mulheres em outros países a aderir o movimento, uma curiosidade é de que os primeiros países a aderir o direito ao voto feminino e posteriormente seu sufrágio foram países nórdicos, a cultura nórdica é marcada pela mulher ser símbolo do poder matriarcal, a mulher é símbolo de fertilidade, de guerreira, de mãe e esposa, quem muitas das vezes ira tomar decisões importantes na família. 
Não adiantava a mulher somente ter direito ao voto porque quem a continuaria representando seriam os homens, e que seja feita a sua vontade, a vontade dos homens. Um dos direitos que não era concedido a mulher além de vários outros, era o da educação, a educação é um jeito de fazer com que as pessoas se questionem sobre aquilo que é lhe apresentado e naquele momento era apresentado para a mulher que ela deveria casar, ter filhos e cuidar da sua casa, do seu filho e do seu marido enquanto este era o responsável por manter a casa financeiramente. Uma autora e filosofa do século XVIII chamada Mary Wollstonecraft, trás em sua maior obra o livro A Vindication of the rights of woman" e é considerada uma das primeiras de filosofia feminista. Publicada em 1792, nele Mary Wollstonecraft traz uma resposta aos teóricos da política e educação da época sobre o acesso feminino ao sistema educacional. Ela utiliza um argumento racional onde as mulheres só aparentariam inferioridade por falta de educação e escolaridade. Wollstonecraft ainda afirma que elas são essências para a nação porque são responsáveis pela educação dos filhos, futuros cidadãos, e não são apenas enfeites para a sociedade, ou mercadoria negociada nos casamentos. Portanto, as mulheres seriam merecedoras de iguais direitos dados aos homens (WOLLSTONECRAFT, 1792). O que foi criticado na época por caracterizar as mulheres como excessivamente emocionais, sem capacidade de excluir os fatores externos. Em contraponto, a autora apresenta um fundamento central, em que a educação daria oportunidade de contribuir para a sociedade, o que ia contra o que os filósofos do século XVIII acreditavam. Segundo eles, as mulheres não tinham capacidade de pensar racionalmente ou de forma abstrata, não possuindo a mesma clareza dos homens.
Um outro ponto importantíssimo de se levantar é de que em muitos países mesmo com a conquista do direito ao voto feminino, a mulher negra não podia votar, fato que ocorreu em muitos países, e podemos destacar entre eles os Estados Unidos e África do Sul, assim a mulher negra nesses países além de não serem reconhecidas na esfera pública, sofria discriminação racial, como o apartheid. 
O Brasil poderia ter sido o primeiro país do mundo a aderir o sufrágio feminino,Em 1832, Nísia Floresta publicou “Direitos das mulheres e injustiças dos homens”, artigo em que exigia igualdade e educação para todas. Segundo Nísia, a situação de ignorância em que as mulheres eram mantidas era responsável pelas dificuldades que enfrentavam. Submetidas a um círculo vicioso, não tinham instrução e não podiam participar da vida pública; não participando da vida pública, continuavam sem instrução.No dia 1º de janeiro de 1891, 31 constituintes assinaram uma emenda ao projeto da Constituição conferindo direito de voto à mulher, porém essa emenda foi rejeitada, era inaceitável aceitar a mulher participando na vida social ativa no Brasil. Somente há pouco mais de 80 anos as mulheres brasileiras conquistaram o direito ao voto, adotado em nosso país em 1932, através do Decreto nº 21.076 instituído no Código Eleitoral Brasileiro, e consolidado na Constituição de 1934.
Mesmo nos dias atuais a mulher ainda não possui os mesmos direitos dos homens, ainda recebem menores salários, ainda possuem pouca representatividade política, e, ainda são guerreiras e lutam por seus direitos, representando e não deixando morrer os sonhos das sufragistas lá atrás em 1893 na Nova Zelândia.

Fique agora com um breve resumo da acensão do voto feminino:



Assista também o filme " Anjos Rebeldes"  2004, dirigido por Katja von Garnier.

É um filme lançado no ano de 2004 que retrata parte da trajetória do movimento sufragista dos Estados Unidos da América. O cenário é a década de 1910, período em que as sufragistas estadunidenses – organizadas em duas associações – a National American Woman Suffrage Association (NAWSA) e a National Woman’s Party (NWP) –, tentavam aprovar a emenda do sufrágio nacional no congresso.



Pelo Cosmos

Teu sorriso, Órbita minha via láctea, Estrelas de uma face. Teu cheiro, Invade minha galáxia, Espalha-se no silêncio. Teu t...